segunda-feira, junho 01, 2009

A "Disneylândia" de Aécio Neves

(reproduzido do site da revista época)

Choque de gestão? Déficit zero? Esqueça. A nova marca do governador mineiro Aécio Neves é um palácio flutuante de Niemeyer num centro administrativo de R$ 1,2 bilhão. Conheça o projeto e faça um passeio virtual pela obra.

Ricardo Mendonça, de Belo Horizonte

Em dezembro, a um ano do fim de seu segundo mandato, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), deverá inaugurar a maior, mais cara e mais ousada edificação da história de Minas: um majestoso palácio governamental suspenso dentro de um complexo estatal que reunirá, em mais dois megaedifícios, as 18 secretarias de Estado e outros 33 órgãos da administração. Tudo projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, de 101 anos (confira ao final do texto no site da época um "passeio virtual" pela obra, em que é possível conhecer detalhes da construção).


Estimado originalmente em R$ 500 milhões pelo governador, as obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais já estão orçadas em R$ 1,2 bilhão. Daria para fazer quatro hospitais como o Instituto do Câncer de São Paulo (antigo Instituto da Mulher), considerado o maior dessa especialização na América Latina, com 474 leitos. E ainda sobrariam R$ 120 milhões. Além do preço, a Cidade Administrativa impressiona pelo tamanho, pela arquitetura e pela velocidade com que está sendo erguida. A área total do complexo é de 804 mil metros quadrados, o equivale a 97 campos de futebol como o do Maracanã. Quando estiver em pleno funcionamento, no fim de 2010, deverá abrigar 20 mil funcionários e receber, diariamente, cerca de 10 mil visitantes. Se fosse uma cidade real com essa população, seria maior que 82% dos municípios brasileiros.

Assim que tudo estiver pronto, no segundo semestre de 2010, os mineiros poderão pleitear uma citação no livro dos recordes para o palácio do governador. O prédio, segundo o escritório de Niemeyer, terá o maior vão livre em concreto suspenso da história da arquitetura: 147,5 metros de comprimento, o dobro do vão-livre do Masp, em São Paulo.

Apesar da crise, o canteiro de obras está a pleno vapor. Com 4.800 operários trabalhando simultaneamente, a construção atingiu seu pico de atividade em maio. Os engenehiros gostam de repetir que se trata da "maior edificação em andamento em toda a América Latina".

O governo mineiro diz que fará economia com o novo complexo. Hoje, segundo a secretaria de Planejamento, o Estado aluga 59 imóveis em Belo Horizonte para abrigar diversas repartições. Com instalações próprias, estima-se que deixará de pagar R$ 30 milhões por ano com aluguéis. Além disso, serviços poderão ser unificados, como motoboys, refeitórios, motoristas e seguranças.

Quem não está muito convencida da conveniência do projeto é a oposição. "Essa construção é uma prioridade governamental, mas não é uma prioridade da sociedade mineira", diz o deputado estadual Adelmo Leão, do PT. "O palácio de R$ 1,2 bilhão é bom para fazer marketing, só que o governo ainda tem muitos problemas: Minas não cumpre com o piso nacional dos professores, não faz concursos e permanece como um dos únicos Estados que não cumprem com o investimento mínimo obrigatório de 12% das receitas na saúde", afirma.

Leia a íntegra desta reportagem na edição impressa de ÉPOCA
(para assinantes).

4 comentários:

Unknown disse...

vergonhaaaa

Anônimo disse...

Tenho vergonha de ser mineiro. Como um homem que se diz público como este neto playboy do Tancredo tem a coragem de desviar recursos escassos, pagos com sacrifício pela população, para esta obra faraônica, deixando em segundo plano a educação, a saúde, o saneamento básico, o transporte? Quem falar mal do Aécio na mídia mineira já é carta fora do baralho. A irmã do imperador e o vice Anastasia cortam todas as verbas de publicidade dos renitentes. Fico triste, muito triste, pois aqui falar a verdade sobre o playboy é proibido!!!

Anônimo disse...

FORA AÉCIO mesmo!!!!!!!
Um governo que não valoriza a educação, não respeita os cidadãos,mente na televisão, não pode conseguir ser eleito nem pra líder de penitenciária. ANASTAZIA? DITADOR E NEONAZISTA , explora e oprime a construção da democracia. NÃO PODEMOS FICAR CALADOS. FORA PSDB!!!! CHEGA DE PATRONISMO !!!

Anônimo disse...

o playboy nojento...